sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Você conheçe o sistema Pay-per-use?

     Para lavar oito quilos de roupa suja, R$ 3. Para ter faxineira três vezes por semana, R$ 120. O condomínio, com sauna, piscina aquecida e sala de ginástica, é de R$ 250 mensais.
     Esses valores, em geral mais baixos que os de mercado, foram o atrativo do sistema "usou-pagou" para a administradora de empresas Lourdes Prati, 45, que mora em um prédio nos Jardins (zona oeste).
     Encontrado em muitos lançamentos, o "pay-per-use" disponibiliza uma lista de serviços que podem ser contratados pelos condôminos.
     Uma vez que só paga quem usa, indiretamente ele chega até a baratear o condomínio, em relação a um "pacote obrigatório" mensal que inclua itens opcionais.
     "Como 40% dos moradores são inquilinos solteiros que viajam muito nos finais de semana, decidiu-se adotar o "usou-pagou" no prédio", expõe Prati.
     Tomás Salles, 55, diretor-geral de atendimento da Lopes Consultoria de Imóveis, diz que a garantia da qualidade dos prestadores fica por conta das administradoras, que contratam empresas terceirizadas e devem responder por eventual resultado insatisfatório.
     "Mesmo que a administradora cobre uma taxa do condomínio pelo trabalho de buscar essas empresas no mercado, o condômino não perde tempo procurando profissionais e não se arrisca a contratar serviços sem qualidade", explica.
     Amauri Oliveira de Morais, 40, administrador da Golden Tepee, que implanta serviços hoteleiros em condomínios residenciais, confirma que os itens oferecidos, como "motoristas, nutricionistas e locadoras de carros", são segurados.

Conforto à parte
     O empresário Alexandre Miranda, 34, usuário do sistema, defende que a taxa de condomínio deve cobrir apenas serviços básicos. "O conforto mais personalizado tem de ficar por conta de cada um. Nem todos querem ter massagista ou professor de natação", opina.
     Segundo o presidente da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), George Masset, 40, "o "pay-per-use" é uma tendência do mercado imobiliário".
     "É boa opção para novos empreendimentos com mais de 70 unidades, mas pode ser implantado em prédios mais velhos para serviços que não exijam grandes espaços", pondera.


Fonte: http://www.folha.uol.com.br/

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